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domingo, 6 de dezembro de 2015

Guerra Civil Brasileira.


Eu tirei esse texto do blog da BolhaImobiliaria e é um relato de um dos leitores, só que eu lembrei do dia em que estava numa festa e um rapaz foi morto a tiros. Por causa dessas histórias que eu desejo um dia vazar desse lugar:

Subsenso 5 de dezembro de 2015 at 0:20:20
CVR das trevas
Desculpem manchar o clima da bodega com coisa ruim, mas preciso desabafar em algum lugar.
Passo em casa na hora do almoço e vou dar um alô no apartamento dos meus pais que moram bem próximo de mim, na mesma rua. Uns 5 minutos depois de subir ao apartamento, escuto uns 10 estampidos em sequência, que meu ouvido treinado logo identifica como tiros, a uma distância de não mais que um quarteirão. Fico em alerta, aviso meus pais idosos para irem para o quarto, e tento avistar a rua a partir de uma brecha na cozinha. Menos de 1 minuto depois, vejo uma vizinha chegar correndo esbaforida e entrar gritando pelo portão da garagem. Os familiares vão ao encontro dela enquanto ela narra o ocorrido:
Estava no ponto de onibus, logo após a esquina do prédio. O ponto estava cheio de pessoas, o comércio aberto, os ônibus passando quando um sujeito desce de um carro e vai atrás de outro cara enquanto este último andava por entre o ponto de onibus. O sujeito do carro saca a pistola e simplesmente descarrega a arma no meio do ponto, enquanto o alvo, surpreendido, tenta desesperadamente entrar em uma pequena lanchonete e cai após a primeira fileira de cadeiras. Resultado: 2 feridos e 2 mortos – o perseguido e uma outra pessoa que parecia não ter nada a ver com a situação.
“Ah, mas esse aí devia estar marcado pra morrer” dizia uma vizinha. “Pobre do outro, que estava ali na hora errada” dizia a outra. “Ah, mas também, aquele ponto ali sempre foi perigoso” dizia um terceiro. Todos em um aparente transe de insistente negação e distanciamento psicológico do fato de que poderiam ser, eles mesmos, um dos caídos naquele chão com uma lona em cima do corpo e uma velinha ao lado.
Agora à noite ligo a televisão no noticiário local da plim plim, na expectativa de ver alguma outra informação desse crime bárbaro onde 2 pessoas morreram e 2 ficaram feridas. Espero o jornal inteiro vendo reportagens sobre a expectativa de compra de perus de Natal. E nada. Um crime assim, brutal e aleatório, e nem sequer foi noticiado. Nenhuma cobertura, a não ser de um daqueles telejornais sanguinolentos.
Agora à noite, chego de volta em casa e cruzo com o zelador do prédio, com o braço enfaixado. Cumprimento-o e logo me dou conta de que ele foi um dos dois feridos no tiroteio. Tiro de raspão no antebraço. “É, aqui ó, passou perto!” comenta ele com um tipo de orgulho mórbido. “Mas tá tudo bem, agora tive que voltar pra terminar meu turno”. E tudo segue na aparente normalidade da rotina de uma das 10 capitais mais violentas do mundo.

Nem preciso dizer mais nada, nós já estamos em guerra e não admitimos. Mas vamos lembrar de mais uma coisa:
BananenseNãoPraticante 5 de dezembro de 2015 at 8:32:00A história acima me fez lembrar de outro CVR da minha época de solteiro no inferno de Brasília. Agora envolvendo tiro no braço.
Fui a um show no iate clube (local considerado de coxinhas opressores) e um grupo de uns 20 resolveram espancar um amigo meu do nada, isso era muito comum aqui no inferno. Ainda consegui derrubar um deles na voadora, empurrei outro enganando pelo pescoço enquanto outro me esmurrava a nuca. Enfim, mesmo tirando três deles de cima do amigo ele saiu todo moído e com o ouvido sangrando. Levamos ele pra um pronto socorro pelo plano de saúde, foi medicado mas o problema de estar sangrando pelo ouvido o médico falou que só o hospital de base ( público) teria aparelhos para examinar, fomos pra lá.
Na entrada tínhamos que preencher uma ficha, só que na nossa frente tinha um cara que tinha levado um tiro no braço, a atendente com a maior cara de c* apenas repetia pro rapaz preencher a ficha e ele falava chorando: minha senhora, acabei de levar um tiro no braço, como vou preencher ficha? Enquanto isso o sangue do braço do caraescorria pelo balcão até o chão!
Preenchi a ficha pro cara, depois para o meu amigo.
Sobreviver na banânia é fod.a, mas sempre tenho a impressão que aqui no inferno de Brasília é pior!

Podia ser pior, sim podia, mas........

Iraquiano é vítima de violência no Rio

Jamal Aziz, com mais de 20 marcas de tiro no corpo, conta que teve que lutar para não ser assaltado na rua
http://odia.ig.com.br/noticia/rio-de-janeiro/2015-12-03/iraquiano-e-vitima-de-violencia-no-rio.html

Mas aqui é BR porra!!!!!!!

4 comentários:

  1. Baiano, a guerra é diária. Porém, nos últimos tempos, tenho evitado assistir e ler jornal, traziam muita negatividade para mim.

    Mas não a como fugir completamente. Um inquilino ontem foi esfaqueado por outro só por causa de barulho. Para quê isso? Estou aguardando mais notícias do ocorrido.

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    1. Sério isso mesmo? Precisava dar uma facada no cara?

      Bixo, desculpe, mas não dá pra vc vender esses imóveis e investir em FIIs não?

      Eu pago pra não ter uma dor de cabeça dessas. Não acho que vale a pena.

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    2. Esse Viver de aluguel, aluga barracos na favela e nao quer violencia no recinto. Gato de água e energia elétrica inlucos no valor do aluguel e nós trouxas pagamos por esse gerson fdp. Suma daqui viver de aluguel, nao é bem vindo aqui.

      Anon xoxoteiro

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  2. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk olha o iraquiano aí
    http://www.sbt.com.br/sbtvideos/programa/402/Rio-de-Janeiro/categoria/4540/942703f4114d300a787071c684eab7fa/Estrangeiro-aplica-golpes-se-passando-por-iraquiano-fugitivo.html

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