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quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Marcação a mercado de títulos públicos

By Quero Mais é que se f…

O que é marcação a mercado?


É atribuir o valor de um título na data atual, mesmo que ele só tenha vencimento em uma data futura, ou seja, seria o valor de um determinado título se o proprietário\detentor do título resolvesse vendê-lo antecipadamente. A marcação a mercado pode ser feita com qualquer título, seja público, seja ele privado. É uma operação semelhante ao desconto bancário, aquela que atribui o valor atual a qualquer tipo de “papel”, obviamente embutindo-se uma taxa de juros. Especificamente nesse artigo eu vou tratar de marcação a mercado dos títulos públicos.

E o que a marcação a mercado pode proporcionar para um estrategista que resolve adotar tal prática?


Bem, ela pode proporcionar rentabilidades bem superiores aos rendimentos contratados originalmente. Seja em títulos pré-fixados (LTNs) ou atrelados ao IPCA, as famosas NTNs, sabendo fazer a marcação a mercado, pode-se conseguir rendimentos superiores àqueles contratados quando da compra dos títulos.

Todos os dias os preços dos títulos sofrem variações pelo menos umas três vezes. E isso, muita gente não entende o porquê. Os títulos sofrem variações por diversos fatores, como a expectativa de como se comportarão os juros futuros, uma instabilidade político-econômica do país, enfim, qualquer evento de mudança nos rumos da economia do país. É o que chamamos de precificação.

A rentabilidade informada no momento da compra é garantida somente se o investidor ficar com o título até o seu vencimento. Um aumento na taxa de juros de mercado em relação à taxa que foi comprada pelo investidor fará com que, em um determinado período, o título tenha uma rentabilidade inferior à informada na compra. Uma queda na taxa tem o efeito inverso.

Mas lembrem-se que se você carregar o título até a data do vencimento e, em tese, nunca perderá com a operação, pois receberá exatamente aquilo que foi contratado.

Vamos tentar explicar de forma bem didática de como funciona a marcação a mercado e por que pode haver variações consideráveis nos preços dos títulos.

Lembremos em primeiro lugar que as taxas que rentabilizam os títulos estão atreladas à taxa básica da economia, no caso, a SELIC (Sistema Especial de Liquidação e Custódia), aos juros futuros, às variações cambiais do dólar;

Se temos uma economia estável, forte, a taxa Selic tende sempre a descer, afetando todo o sistema financeiro nacional, já que o mercado financeiro se pauta por essa taxa básica, inclusive os bancos; vejam que o Certificado de Depósito Interbancário (CDI), hoje, em 13,88%, está diretamente vinculado a essa taxa.

Hoje, a taxa Selic está em 14% a.a, mas até uns anos atrás, somente na base da “canetada”, ou seja, sem que houvesse os fundamentos para redução dessa taxa, o DESgoverno daquela doente mental, a ANTA Roussef, a taxa chegou a 7,25% a.a. E isso impactou diretamente nos preços dos títulos ao longo da queda dessa taxa. Como não se deve baixar ou subir juros “na marra”, a economia foi se degringolando e as taxas tiveram que subir novamente.

Mas chega de blá, blá, blá.

Vamos explicar quais são os componentes que formam o preço dos títulos.

Montante é o capital inicial acrescido de juros durante um período.

Capital é o dinheiro inicialmente investido.

Juros é o custo do dinheiro, a remuneração, o prêmio pago para quem disponibilizou o capital.

Tempo (T) é o período em que o capital fica aplicado rendendo juros.

Montante = (Capital + Juros)™

Para saber do valor do título na data atual você aplica a operação inversa:

C= M\(1+J)™

Suponhamos que um determinado título hipotético, chamado W, tenha um prazo de 5 anos de vencimento, que remunere a taxa de 10% a.a, e que pague ao final do período de 5 anos, a bagatela de R$ 1.000,00. Obviamente que essa taxa de 10% a.a estaria baseada na taxa de juros da economia na época da venda do título, podendo ocorrer variações da Selic ao longo desses 5 anos. A despeito do que venha acontecer, a sua taxa de 10% a.a estará garantida ao longo do prazo de validade do título, ou seja, dos 5 anos, desde que você o mantenha até o seu vencimento. Se você mantiver o título pelo período dos 5 anos, irá receber os seus R$ 1.000,00, descontado o imposto de renda, conforme contratado.

Ao longo desses 5 anos o preço do título poderá sofrer variações, a depender do que venha a ocorrer com a taxa de juros da economia. Se você resolver vender o título durante essas variações, pode perder ou lucrar com essa operação.

Mas quanto esse título valeria hoje, já que ao final dos 5 anos ele me pagará R$ 1.000,00 brutos?


Lembrem-se que os títulos pré-fixados e os títulos atrelados ao IPCA valerão R$ 1.000,00, descontados os impostos, na data de seu resgate.

No nosso título hipotético, que também valerá “milzinho” na data de seu resgate, precisamos saber do valor desse papel hoje.


Qual o valor atual desse título?


C = 1000,00\(1,10)^5 = R$ 620,92.

Então, o valor atualizado do título hoje é de R$ 620,92;

1 anos depois, com a taxa de juros de 10% a.a, esse título valerá R$ 683,01;

No segundo ano, R$ 751,31; e assim sucessivamente, conforme consta da situação abaixo:

1 ano               2 anos              3 anos              4 anos                5 anos

10% a.a          10% a.a            10% a.a           10% a.a            10% a.a

R$ 683,01;     R$ 751,31;      R$ 826,44;      R$ 909,08;      R$ 1.000,00.

Na situação acima, estamos considerando, HIPOTETICAMENTE, que a taxa da economia ou qualquer outro evento que pudesse influenciar o preço de negociação dos títulos, não sofreu oscilações durante esse período e, portanto, o título foi sendo carregado com os rendimentos negociado, ao longo dos 5 anos de validade, consoante demonstrado.

Mas se a taxa da economia sofrer variações durante esses 5 anos, que é exatamente o que ocorre na realidade, como seriam as flutuações do valor desse título?

Você comprou esse título do exemplo pelos R$ 620,92 e logo no primeiro ano a taxa da economia subiu para 12% a.a.

Como no exemplo já se passou um ano, o preço de mercado desse título seria calculado da seguinte forma:

Pelos 1000\(1,12)^4 (anos)  = R$ 635,51. Veja que o valor dele, caso não houvesse a subida da taxa de juros de 10% para 12%, seria de R$ 683,01 e não os R$ 635,51.

Como houve variação na taxa (de 10% para 12%), o preço unitário do título não variou os 10% a.a nesse período de um ano, mas somente 2,30%, passando de R$ 620,92 para R$ 635,51.

Continuando no nosso exemplo, no segundo ano, houve uma nova variação na taxa de juros da economia e a mesma passou a ser de 14% a.a, quanto então estaria valendo esse título no segundo ano?

C = (1000)\(1,16)^3 (anos) = R$ 640,65.

Mais uma vez, conforme subiram as taxas de negociação, o título não sofreu a variação dos 10% no segundo ano, mas somente 0,8% em todo o ano, passando de R$ 635,51 para R$ 640,65.

Quem tivesse comprado o título lá no começo, pelos R$ 620,92, tivesse passado os dois anos com esse título e tomasse a decisão de vendê-lo nesse segundo ano, com certeza teria feito um péssimo negócio, já que nesse interregno (dois anos), o mesmo variou apenas, respectivamente, 2,30% e 0,8%, o que daria um rendimento combinado de pouco mais de 3,11%, bem abaixo dos 21% lineares (10% no primeiro ano e 10% no segundo ano) dos dois anos sucessivos.

Observem lá na situação em que não ocorrem a variação da taxa da economia e dos títulos, que o título deveria estar valendo R$ 751,31 e não os R$ 640,65.

Uma diferença de R$ 110,66 a menor em cada título. Imagine alguém que tivesse comprado 1.000 unidades desse título, estaria, em tese, perdendo R$ 110.660,00, caso se desesperasse e tomasse a péssima decisão de vendê-los.

Mas como nosso exemplo aqui é hipotético e tem o intuito de mostrar somente como ocorrem as variações nos preços dos títulos, vamos dar uma guinada maluca nessas taxas de juros. Agora, no nosso exemplo, a economia entrou nos trilhos, a inflação está controlada, o Bananil cresce a 8% a.a, fazemos superávit primário de 10% do PIB e a taxa de juros está, no terceiro ano, em apenas 7%.


Quanto esse título estaria valendo?


Vamos lá calcular:

1.000\(1,07)^2 (anos) = R$ 873,43

Vejam que a coisa agora se inverteu:

Olhando na nossa tabela sem a alteração das taxas, o nosso título estaria valendo R$ 826,44;

Observem que o título variou mais de 36% de um ano para o outro, saindo de R$ 640,55, do segundo ano, para R$ 873,43. Quem fez marcação a mercado, esperando melhores taxas, conseguiu comprar esse título ao preço de R$ 640,55, em apenas um ano da data da sua compra, tem a possibilidade de ganhar 36,33%, caso opte em vender os seus títulos comprados a R$ 640,55, embolsando altos rendimentos em exíguo tempo.

Se ele optar por segurá-lo até a data do vencimento, receberá apenas a taxa pactuada quando da data de sua compra.

Por outro lado, quem comprou o título ao preço do seu lançamento e se desesperou quando viu o preço do mesmo baixar, vendendo-o, seja por necessidade ou por desconhecimento do funcionamento, vai perder dinheiro na operação, conforme já explicado.

É preciso entender, que quando o título vencer, o valor a ser pago para cada unidade do mesmo será os R$ 1.000,00 combinados lá no início, independente de quem tenha comprado lá no início ou em qualquer outro período.

Quem tive interesse em saber mais detalhadamente as nuances de como esses cálculos são feitos, bem como o valor de remuneração dos títulos, pode acompanhar aqui nesse link abaixo:

http://www3.tesouro.gov.br/legislacao/download/divida/decretos/Bonds_Versao_portugues_atualizado_Revisado.pdf

Agora, continuando, as taxas de juros voltaram a ser de 10% a.a, restando um único ano ainda para o vencimento.


Quanto estará valendo o título?


1000\(1,1)^1 = R$ 909,09, ou seja, um acréscimo de 4,08% do terceiro para o quarto ano;

Vejam que o valor é exatamente igual ao que já havíamos calculado lá naquela primeira situação em que não ocorreriam as variações das taxas de juros, mantendo-se sempre nos 10% a.a

E no ano restante, o título irá de R$ 909,09 para os R$ 1.000,00 acordados desde a data da compra, representando, neste último caso, um acréscimo de 10% no último ano.

As curvas de rentabilidade sempre irão convergir para o mesmo valor da data de vencimento, já que ele sempre valerá R$ 1.000,00 na data de resgate.

O ideal seria que tivéssemos colocado uma amostra maior, um período de 10 anos, mas achei que ficaria extremamente enfadonho, principalmente por envolver cálculos, sendo essa amostra de cinco anos suficiente para demonstrar o funcionamento do mecanismo. No final do artigo eu coloco um vídeo do André Bona, do Blog de Valor, em que ele detalha a operação de marcação a mercado em dez longos anos, havendo, inclusive registros hipotéticos de variações negativas dos preços dos títulos, no caso mencionado por ele.

Vejamos como ficaram as duas tabelas contendo as variações do preço unitário dos títulos, sendo a primeira sem haver variações na taxa de juros e a segunda contendo as variações desses títulos, o que é exatamente o que ocorre na realidade:

1 ano            2 anos            3 anos           4 anos             5 anos

10% a.a        10% a.a         10% a.a        10% a.a           10% a.a

R$ 683,01    R$ 751,31     R$ 826,44    R$ 909,08      R$ 1.000,00.



1 ano             2 anos            3 anos           4 anos             5 anos

2,30% a.a      0,8 % a.a     36,33% a.a      4,08% a.a       10% a.a

Na primeira hipótese, supondo que não pudesse haver variações nas taxas de juros nas negociações dos títulos, os mesmos sofreriam acréscimos constantes de 10% para cada ano de sua validade, ou seja, a remuneração inicialmente contratada acrescida aos juros contratados (10% a.a) a cada ano que se passasse.

Nas nossas simulações, os títulos variaram conforme as taxas de juros de suas negociações, que são significativamente afetadas pelas variações da taxa Selic, tendo havido períodos em que os títulos não renderam nem os 10% a.a pactuados, que poderia ter sido, inclusive, negativa, mas havendo período em que houve uma grande variação dos preços dos mesmos, onde o detentor, fazendo a marcação a mercado, caso quisesse, poderia vendê-los e obter uma grande remuneração em um período de tempo exíguo.

Percebam que quando as taxas de negociação dos títulos sobem, o preço unitário dos mesmos desce, ocasião em que seria mais indicada para aportamos recursos e comprá-los.

Vejam que aqui no blog mesmo muita gente já faz a marcação a mercado mesmo sem saber que está fazendo, uma vez que, no momento em que esperamos taxas mais altas, as tão desejadas 7,xx%, nada mais fazemos esperar que os preços unitários dos títulos caiam de valor para assim os comprarmos. Por outro lado, à medida em que as taxas de negociação dos títulos descem, o valor de face dos mesmos sobe, tornando a compra menos atrativa, mas sendo o momento ideal para quem pretende ganhar muito mais do que as taxas contratadas, fazendo a marcação a mercado e os vendendo.

O fato é que, sempre ressaltando isso, levando os títulos comprados até a data do vencimento, todo mundo receberá aquilo que foi combinado, seja em títulos prefixados ou em títulos atrelados ao IPCA, inclusive “perdendo-se” essas grandes variações nos valores, caso decida-se não vender os títulos nos períodos de grandes oscilações positivas, já que se pagará apenas os R$ 1.000,00 brutos na data de seus vencimentos.

Não sei se consegui me fazer entender, pois o mecanismo de funcionamento não é dos mais simples. De qualquer maneira, a decisão de vender o título antecipadamente e, ocasionalmente, embolsar um rendimento bem maior que o pactuado, é decisão de cada um, razão pela qual eu recomendo as pessoas continuar estudando e aprendendo cada vez mais, o que possibilita a cada um tomar a melhor decisão, de acordo com os objetivos pessoais.

FONTE: BolhaBrasil

sábado, 26 de novembro de 2016

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Casos da Vida Real - A crise e mulheres sem o dom pra ser puta.

Acho que estou ficando com umas sequelas semelhantes ao do Pobretão para escrever isso mas........

Ontem eu fui ao supermercado e, depois de comprar umas cervejas e petiscos, me peguei olhando pra uma embaladora/repositora do supermercado. Ela muito diferente das outras quase como uma vela no meio da escuridão. A embaladora era bem bonita, bem diferente das demais. Eu já tinha visto umas moças bonitinhas trabalhando no supermercado mas nunca como ela. Parecia aquelas mulheres que usam em propaganda de empresas, falo das que aparecem pra serem promotoras de vendas. Sendo que aquele supermercado é bem porqueira mesmo, um supermercado de pobre com poucas opções de produtos e um pouco desorganizado.

Fiquei imaginando o que essa moça estava pensando da vida trabalhando num lugar como aquele. Talvez tenha sido o efeito da crise, não conseguiu emprego em outro lugar, precisava trabalhar pra ganhar dinheiro e acabou ali.


Ela poderia ser facilmente um vendedora de shopping, recepcionista gata de alguma empresa que só fica lá mesmo pra ser vista na entrada, alguma "sugar baby" de um velho tarado, profissional do céqsu, qualquer coisa menos um trabalho pesado e ruim como aquele. Estava usando o uniforme do supermercado com aquelas botas pretas de pedreiro mas mesmo assim chamava a atenção dos homens por onde passava.

Lembro que outra vez que eu vi uma mulher como ela num serviço do tipo foi quando eu trabalhava em outra empresa. Um dia apareceu uma moça loira de olhos verdes, magrinha e linda trabalhando na limpeza da sala na qual eu trabalhava. Me fiz o mesmo questionamento que me fiz agora e resolvi ficar quieto e na minha. Tempos depois ela desapareceu de lá e a secretária do meu chefe veio me contar que a moça era "esposa" de um traficante em um bairro perigoso daqui e estava tentando sair fora dele. Arrumou aquele emprego pois era a única coisa que ela sabia fazer na vida, limpar a casa, já que ela não tinha instrução e nunca havia trabalhado fora de casa.

Imagine encontrar a Carolina Dieckman limpando o seu andar.

Resultado: Um dia alguém deu em cima dessa faxineira e o marido traficante foi lá na porta da empresa armado pra tirar satisfação com o "engraçadinho".

Essa semana eu reparei na faxineira daqui do prédio, uma senhora já de idade com um olhar triste e um aparência de já ter sido judiada pela vida, sempre trabalha muito silenciosa. Só hoje que eu estava parado tomando um café sozinho na copa e comecei a olhar melhor pra ela, normalmente os faxineiros terceirizados são muito esquecidos pelos outros funcionários, apesar do trabalho deles ser muito mais importante do que de alguns por aqui.

A faxineira tinha os olhos claros, um cabelo castanho liso um pouco mal cuidado, estava acima do peso e com a pele com manchas de queimaduras solares. Só que reparando bem, dava pra ver que ela era uma mulher que foi bem estragada pelo tempo. Não sei dizer o que aconteceu na vida dela, mas imagino que era uma dessas garotas bonitas e sem juízo que vemos por aí, que provavelmente chutou muito cara sério e trabalhador por que sempre se envolvia um cara bonito e aventureiro, não deve ter investido nos estudos e acabou aqui.

Não, ela não era assim, só estou de zueira.

Do outro lado da moeda eu vejo uma gerente daqui, ela é grandona e desengonçada. Tem uma barriga de cerveja, uma pele flácida de quem nunca foi chegado a fazer exercícios na vida, fala alto e dá pra perceber que não bate muito bem da "bola". Como dizia minha mãe, ela parece ser "fraca das ideias". Ela deve ter uma idade próxima a da faxineira que comentei mais acima. Só que diferente da senhora anterior, ela estudou e alcançou um crescimento profissional muito bom. Pelo que sei ela é casada com um engenheiro aposentado que tem algum problema na perna ou no quadril, não sei dizer o que exatamente. Eu o vi andando com ela uma vez no shopping e o mesmo anda de muletas.
Sim, dinheiro e maquiagem faz muita diferença.

Em questão de aparência o rosto dela está melhor que a faxineira, trabalha bem menos e ganha bem mais, mas dá pra perceber que não era grande coisa quando era jovem. Até mesmo porque eu já a vi almoçando com a filha e a garota é bem "sem sal".


Olha ela aí sem.


Acho que escrevi isso tudo pra mim mesmo, pois aqui no trabalho, só tenho colegas sem sal e fico desejando aparecer alguém pra poder "descansar os olhos". Fico bobo ao encontrar mulheres tão bonitas em empregos que poucos querem.

Podem me criticar, dessa vez eu mereço.

Um abraço a todos.

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Resiliência no C* dos outros é refresco.




Traduzindo para o português popular:
Resiliência é a capacidade do sujeito tomar no cu e aguentar calado ou até sorrindo para agradar o FDP que está te fodendo. Alguns dizem que não o buraco não volta a sua forma normal, outros dizem que ele é elástico e deve ser capaz de esticar e contrair conforme a necessidade do mesmo, até um certo limite, é claro.

Depois disso eu acho que não preciso explicar muito como foi a minha semana passada né?

Mas vamos lá:

Só Um Tapinha
Bonde do Tigrão

SÓ UM TAPINHA

Vai vamos lá
Cruza os braços no ombrinho
Lança eles pra frente e desce bem devagarinho
Dá, dá, dá uma quebradinha e sobe devagar
Se te bota maluquinha
Um tapinha eu vou te dar porque

Dói, um tapinha não dói
Um tapinha não dói
Um tapinha não dói...

Sinceramente, eu estou sem ânimo no meu trabalho. Eu me estressei com um cara aqui a duas semanas e hoje outro sujeito já começou a perturbar nessa.

Depois a minha chefe aqui vem me dizer que eu tenho que ser "Resiliente".

VÁ PÁ PUTA QUE O PARIUUUUUUUUUUUUUU        PORRA!!!!!!!!!

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Churrasco da peãozada


Voltando ao assunto de churrasco, a umas semanas atrás eu fui no churrasco de um colega que não ganha nem 2 mil líquidos. Ele realmente seguiu o combo da destruição financeira, o qual talvez é ou digamos que seja "O Sonho" de muitos. Casou, teve filho e 2 cachorros, comprou carro fudido, golzinho bola amassado com a documentação atualmente atrasada, ele mesmo que me contou, e "adquiriu" a sua casa própria, um puxadinho no terraço da casa dos pais num bairro bem ruinzãozinho.  Churrasquinho que fui era do tipo "cada um leva o que vai beber", peguei 2 fardos de cerveja na promoção (Brahma a R$ 1,99) e fui pro lugar. Fui de ônibus e sozinho porque eu estava com um certo "preconceito" da vizinhança, se é que entendem.


Para terem uma ideia, ele me contou que pouco antes de eu chegar estava rolando uma festa que estava fechando a rua inteira, coisa grande mesmo, porque um traficante conhecido da "galera" havia sido solto. Um dos chamados "Baile do Mandela", eu nem sabia que tinha essa merda manifestação cultural por aqui. Pelo visto o cara era "muito querido" na comunidade.


Cheguei lá mais cedo que a maioria da turma, lavamos as latinhas e colocamos no isopor. Eu não posso falar muito da casa dos outros pois fui criado numa cidade pequena do interior da Bahia, cidade feinha mesmo, e casas normais lá são casas comuns nessas comunidades. Só que o que eu estranhei é que, apesar da casa ser simples, havia muitas tranqueiras eletrônicas tipo TV de led de  50' com aparelho Home Theater fodão, um som maneiro pra fazer uma baguncinha entre outras coisas. Típica pessoa que compra tudo que as propagandas dizem que são "TOPs". Hoje mesmo eu o vi procurando um celular novo pra comprar com um IPad em cima da mesa, de acordo com ele o Moto X dele já está ficando velho.

Pouco depois de mim a turma foi chegando aos poucos, não vieram muitos do trabalho e achei melhor assim. Senti mais liberdade pra poder encher a cara sem ficar preocupado de falarem merda no trabalho e eu me queimar com isso. Foram chegando vários amigos do cara, gente da vizinhança. Tô fazendo nada mesmo, tome cerveja barata pra dentro do bucho e vamos "socializar".

Conversas dos mais variados tipos, sobre comprar coisas de marca, comprar carro, estudo e emprego, violência na região e por aí vai. Algo que me chamou a atenção é que eu não podia expor muito as minhas opiniões reais porque aquelas pessoas ali eram o que muitos da blogosfera chamavam de "chimpas". Eram pessoas de poucas condições, financeiramente falando, e pouca educação. Eles falavam de umas coisas bobas que dava pra perceber que foram gravemente influenciados pela mídia. Aceitaram algumas afirmações impostas a eles pela massiva propaganda e acreditaram plenamente nisso.

Exemplos?

"O cara tem que ter uns panos maneiros!" - Este queria dizer que o sujeito tinha que se vestir bem e com roupas de marca.

"Um cara sem carro não é homem, mulher nem olha!" e "Só é difícil comprar o primeiro, depois damos e entrada e pegamos outro melhor!"- Sobre a necessidade de ter carro pra mostrar pros outros que tem.

"Pô, assim que eu terminar o supletivo vou fazer um curso técnico de informática também, depois faço computação pois vi que a profissão do futuro, fulano fez e já tá juntando as coisas!" - Avaliação na base do achismo e pelo que falaram pra ele.

"Que merda, aqueles vermes da polícia não respeitam pobres mesmo." - Falou um rapaz alguns minutos antes de compartilhar um cigarrinho do capeta(baseado) com o colega.

Deu pra perceber que era só a nata da sociedade né?

Eu estava só ouvindo e concordando, balançando a cabeça igual a um calango no sol. Algo que tento demonstrar com esse relato é que as pessoas mais pobres e com poucas informações sobre o real valor das coisas são as que consomem para poder dizer que tem e não saem do lugar ou afundam com isso. Gastam com tanta coisa de pouco valor prático na vida que não sobra dinheiro pra outras coisas. Esse colega mesmo estava fazendo faculdade e trancou porque "não tinha dinheiro" pra pagar a mensalidade mas, como disse anteriormente, queria trocar um celular que custa mais de 1000 reais por outro mais caro e mais novo.

Em um dado momento que esse colega, que era o anfitrião do churrasco, contou pra um amigo dele que eu era um dos "picas" lá do trabalho. Mentira pura, mas eu estava acima dele hierarquicamente falando. Só que aí a postura dos caras mudaram, começaram a tratar diferente, com mais respeito, como se não quisessem se queimar ou esperassem que eu conseguisse um emprego pra eles na empresa.

Sério? Pra que isso? A mentalidade dos caras é tão limitada assim a ponto de achar que ganhariam algo com isso? Tentando parecer "sérios" pra um cara bêbado que viu eles falando merda por horas?

Eu sai de um lugar pequeno no interior, vi muita coisa assim e sinceramente não consigo entender se eles realmente acreditavam que a recente mudança de atitude deles mudaria algo ou pelo menos como esse pessoal vive sem pensar no futuro.

Mas deixa pra lá, cada um vive a sua vida.

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Sob constante ameaça

Eu estava lendo sobre a situação que está ocorrendo na Europa, mais precisamente na Alemanha, em relação aos imigrantes que estão cometendo vários crimes e, aparentemente, as autoridades alemãs estão fazendo muito pouco. Mais especificadamente me chamou a atenção o texto "As Ruas Alemãs Caem no Caos". Fiquei imaginando que logo logo os alemães de bem ficarão como os brasileiros, escondidos dentro de suas casas enquanto o mal toma conta de seu país. É uma situação de ameça constante que acabamos