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quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Uma quase pernada e Uma coação.

Hoje eu passei um pouquinho de raiva e vi uma pessoa entrar em negação extrema, isso para não dizer coação.

Tentativa de pernada do meu irmão


Começou com meu irmão, que já me deve uma grana, me ligando bem cedo pedindo para eu arrumar uns 6 cheques de R$ 6.000,00 cada porque a minha outra irmã está endividada, irmã essa que também já me deve uns trocados, que ele iria ver se troca com um agiota da cidade dele, a garantia seria parte da herança da casa de mãe, a qual já tenho a maior parte. (Deve estar achando que eu sou burro de fazer uma coisa dessas, além de não receber o dinheiro de volta, irei ser caçado por algum jagunço da minha cidade natal. Nem a polícia mexe com eles lá.) Falei que tinha pouco dinheiro guardado e era para eu me manter em um caso de atraso de salário ou demissão, pois as coisas na empresa estão muito ruins. Disse que não daria mesmo, que eu não iria negar ajuda pra eles e o problema é que eu também estava fudido.
Eu escapando da rasteira de meu irmão.

Ele choramingou um bocado porque a situação dele está muito ruim e que está até devendo a faculdade da filha dele.

Superior com "opinião própria superior"


No início do dia estava conversando sobre economia com um colega um pouco mais consciente sobre a realidade econômica e ele me contou que o governo estava enfiando a mão nos depósitos judiciais para pagar os servidores públicos e transformando os valores em precatórios, nisso eu já estava achando que as coisas estão ficando malucas. O tenso foi quando o supervisor, ufanista de carteirinha, entrou na conversa dizendo que está tudo bem e que nossa empresa está ótima (o lucro caiu 60% no comparativo 2014/2015). Então fomos argumentar sobre o fato de até o governo deve estar muito sem dinheiro pra mexer nos depósitos judiciais, que se continuar desse jeito o estado teria que deixar de pagar ou até demitir servidores ou até fechar alguns órgãos.

Pronto, o cabra surtou, disse que o país está ótimo, que essa é apenas uma crise passageira e o próximo ano seria melhor. Falamos que se a crise continuasse e se não houvesse dinheiro do mesmo jeito que é feito na iniciativa privada, deveria ser feito nos órgãos, diminuir os custos fixos. Aí que a coisa ficou feia mesmo, ele disse que não era bom eu andar falando sobre o assunto com outros colegas e falou umas coisas pra me coagir a ficar quieto.

(Usei um texto copiado da internet para não identificar a pessoa, mas ele não foi tão classudo assim)

A réplica foi bem semelhante a essa:

“Agora, aqui entre nós, devo recomendar-lhe que não insista nessa conversa - isso poderia trazer problemas para o senhor no seu cargo, não é bom iniciar boatos. Não por mim, espero que entenda. Eu falo isso para o seu próprio bem, porque eu o compreendo, entendo perfeitamente o seu posicionamento, mas o senhor sabe que pode encontrar outro superior menos compreensivo, não é mesmo?".

Horas depois descobrimos que a esposa dele é FP.

Eu e meu colega decidimos ficar quietos e nos preparar para o pior.

Acho que irei me tornar o cara que vê que o vulcão vai explodir e se prepara pra sair da cidade, melhor do que ser o maluco que fica no meio da praça com uma placa escrito “O Fim está Próximo”.


PS EXTRA: Ainda teve o momento lindo que presenciei ao passar em frente ao fórum. Um rapaz estava sendo levado pela polícia, provavelmente um preso que foi julgado, e enquanto era colocado dentro do camburão uma menina gostosinha gritava: "Vai com deus Nem (sic!), eu te amo."

5 comentários:

  1. Baiano canguino, O que é FP que a tal mulher é?

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    1. cara, acho que é Funcionária Publica!

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    2. Isso, a mulher dele é funcionária pública e desconfio que ele está contando com ela para segurar as pontas se algo acontecer com ele.

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  2. É funcionário público, apesar deste termo ter sido extinto com a lei federal 8112/90.

    E esse mesmo governo vai mudar as regras de concessão da licença prêmio.

    Tudo é a crise, mas para desviar recursos não há crise.

    Nunca cortam na própria carne, na realeza. Preferem aumentar impostos e/ou cortar benefícios do SP.

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  3. É funcionário público, apesar deste termo ter sido extinto com a lei federal 8112/90.

    E esse mesmo governo vai mudar as regras de concessão da licença prêmio.

    Tudo é a crise, mas para desviar recursos não há crise.

    Nunca cortam na própria carne, na realeza. Preferem aumentar impostos e/ou cortar benefícios do SP.

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